sábado, 12 de janeiro de 2013

Cotas raciais não são um problema de raça


I.

Tiago se depara com uma opinião contrária à sua

Se formos escolher um assunto polêmico, uma das escolhas óbvias é a discussão sobre cotas raciais nos vestibulares e, mais recentemente, nos concursos. Os que são a favor dizem que são medidas necessárias para que se corrija os erros cometidos pela escravidão, e os que são contra repetem que isso é apenas dar continuidade ao racismo, e que o nível nas universidades cairá. Qual lado, afinal, tem razão?

Se você respondeu essa pergunta, você caiu na armadilha. O fato de ser a favor ou contra cotas é absolutamente irrelevante porque você já aceitou a forma do debate. Você já aceitou que é um assunto polêmico (de acordo com quem?), que é um problema de raça (quem só tem antepassado de uma ‘raça’ que atire a primeira pedra), que é o governo que vai resolver prum lado ou pro outro (“papai vai cuidar de mim!”). Você não questionou nenhuma das minhas premissas, e deixou que eu controlasse a questão.

Acho bom você começar a pensar sobre isso, porque a mídia e a publicidade fazem isso com você todo santo dia.

No final das contas, ninguém questiona se a discussão das cotas é uma discussão que vale a pena se ter. Ninguém toma uma distância objetiva para julgar o mérito não só dos dois lados, mas da própria problemática. Ao discutir os prós e os contras das cotas, você está deixando de discutir os méritos do vestibular, do sistema educacional brasileiro, de um diploma universitário. Você cedeu a uma redução arbitrária, e perceba que esse é exatamente o problema do próprio conceito de raça: a tentativa de se reduzir algo infinitamente complexo a grandes categorias que não dizem nada sobre a personalidade ou o caráter da pessoa.

Vejamos como isso se aplica no caso das cotas.

II.

Uma premissa que é inconscientemente aceita é que a universidade automaticamente melhora a condição básica de um indivíduo. Vários irão dizer que estudos comprovam que quem tem ensino superior tem uma renda maior. Mas perceba que há uma causalidade implícita onde há apenas correlação. Poderia dizer, e seria igualmente válido, que pessoas que se esforçam mais têm maior probabilidade de ter diploma e, ao mesmo tempo, uma renda maior por serem esforçadas. Isso é uma charada, uma ilusão de ótica.

O que acontece é que as pessoas confundem o ideal de universidade com a realidade da universidade. As pessoas imaginam que irão à faculdade, e irão absorver conhecimento (note que educação quer dizer, semanticamente, “trazer para fora”), adquirir pensamento crítico, etc... Certamente muitos irão adquirir conhecimentos técnicos (médicos, advogados...) necessários à sua função, mas a maioria, sobretudo nas humanas, irá simplesmente ficar regurgitando ideias de outras e tentando agradar o professor e atingir o conceito dele de “verdade”. Por que que médicos e advogados, por exemplo, são mais bem-vistos e bem-pagos (independente dos méritos de cada indivíduo) pela sociedade? Não é por que seus empregos são “mais importantes”; isso é uma noção elitista. Seria realmente pior viver numa sociedade sem coletores de lixo do que numa sociedade sem médicos? Os médicos poderiam desempenhar seus papeis sem enfermeiras, sem secretárias, sem faxineiras, sem seguranças? Não. O valor inerente do médico e do advogado se encontra no fato de que são profissões que por definição requerem uma grande quantidade de esforço. Sim, você pode virar um vagabundo depois de se formar em medicina (será?), mas nesse caso o rótulo de “médico” não se aplica mais a você. O médico recebe mais dinheiro porque, por mais que a secretária seja essencial, é mais difícil ser médico do que secretária. Requer mais sacrifícios, requer mais força de vontade, requer mais proatividade. Infelizmente, um resultado disso é que o campo tende a atrair pessoas que se esforçam não para curar, mas para atingir o status de “médico”.

Outra “verdade” implícita é que o vestibular, independente de cotas, é uma maneira adequada de se medir a afinidade da pessoa para a vida universitária. Preste bem atenção nas palavras que usei aqui. Os ramos acadêmicos são apenas uma parte da grande estrutura da sociedade (que é fisicamente construída por pedreiros, diga-se de passagem), e, do mesmo modo que certas pessoas possuem afinidade para esportes, certas pessoas possuem afinidade para a academia. Veja bem que, ao ditar a necessidade da universidade, você está dizendo subtextualmente que a universidade é melhor que a não-universidade. O vestibular, pra que não haja nenhuma dúvida sobre o assunto, é uma FARSA. É uma prova que mede sua capacidade de memorizar fatos e aplicar fórmulas. Agora quero que você me encontre um emprego cuja função principal é memorizar fatos e aplicar fórmulas. “Ah, mas ele vai aprender pensamento crítico e essas coisas na universidade!” Se ele não aprendeu pensamento crítico na escola nem em casa, você realmente acha que ele vai aprender numa estrutura hierárquica como a da universidade? O Brasil, por mais que se veja como estando na vanguarda da pedagogia, é um dos poucos países mais desenvolvidos que ainda adota uma prova de V-ou-F e múltipla escolha como único critério de entrada em universidade. E agora pense: você já viu alguém, que concorde ou discorde de mim, falando do assunto nesses termos, na televisão ou no jornal?

E lembre-se que isso tudo é encoberto por essa meta-discussão sobre cotas. Enquanto você posta uma citação de outra pessoa no Facebook mostrando como você é progressista/feminista/humanista, o cara que passou a adolescência aprendendo a fazer uma prova não sabe o que fazer quando se depara com um debate sobre a Alegoria da Caverna, ao mesmo tempo que o cara que monta baterias no quintal com laranjas e um alicate fica frustrado por não ter chegado perto de passar em Engenharia.

Mas afinal, isso não é uma discussão sobre o vestibular. Isso fica pra outra hora. Isso também não é uma discussão sobre cotas. Isso é uma discussão sobre você.

III.

Digamos que você tá no Facebook, e sua amiga feminista compartilhou um artigo do Estadão que diz que cotistas têm melhor desempenho na faculdade que não-cotistas. “Po, que bacana, as cotas realmente tão funcionando.” Sua vez de compartilhar. Mas será que você leu mesmo? Tá, tudo bem, você clicou no link. Foi além do terceiro parágrafo? Descobriu se o estudo foi realizado com controle, em mais de um local, de maneira objetiva? Se questionou se há relação entre notas altas e sucesso na vida (não se esqueça de definir sucesso)? Tentou descobrir qual é o viés da reportagem e o do jornal? Pesquisou para ver se há outros estudos que contradizem o do Estadão?

Se você o fez, ótimo. Mas a probabilidade é que você tenha compartilhado o artigo não para transmitir informação, mas para transmitir uma identidade. Quando você posta o link, o que as pessoas vão ver não vão ser novos dados, novas perspectivas. Elas vão te ver como progressista, elas vão ver como você tem razão porque a “ciência” está do seu lado, elas vão ver que você se importa com os pobres e oprimidos. Você realmente acredita que vai mudar a opinião de alguém sobre o assunto? Você vai meramente reforçar não só a sua própria identidade, como irá reforçar a identidade de todos aqueles que ou concordam com você ou te odeiam (mas é claro não tanto quanto você odeia a “injustiça”).

“É claro que não, seu idiota, eu tou defendendo a igualdade!” Sério? Você, compartilhando citações, está fazendo algo para mudar a situação? Não acho que o menino que acabou de perder o pai pro tráfico se importa muito com seu status no Facebook.

“Mas você espera que eu vá pra favela dar dinheiro pros pobres?” Claro que não. O que eu espero é que você não tenha ilusões de que o fato de você compartilhar (que palavra bonita, né) o que você acha (leia-se: o que leu, de outra pessoa) sobre o determinado assunto faz alguma diferença fora do mundo das imagens. Na prática, você não fez nada.

Agora, não entenda isso como acusação. Eu também não fiz nada. O que importa é que você entenda por que que você é a favor ou contra cotas, e lembre-se, esses motivos não têm nada a ver com lógica e racionalidade. Por que que você sentiu raiva quando viu aquele cara que você conheceu no churrasco falar que era contra cotas porque cotas é racismo? Por que que você ficou orgulhoso quando convenceu seu pai a ser a favor das cotas?

Por que que você liga quando uma pessoa que não enxerga além do próprio nariz diz que acha que cotas são uma burrice/uma necessidade?

É tudo muito simples. No fundo, o que importa não é validade dos seus argumentos, mas como os outros vão ver você dependendo de que lado da questão você está.

IV.

Por falar em outro lado da questão... vamos sair um pouco da nossa própria realidade (difícil, eu sei), e vamos tentar ver como o negro pobre vai ver essa situação toda. Ele provavelmente vai interpretar as cotas em uma de duas maneiras: ou vai entender “o sistema está tentando maquiar uma injustiça sistêmica (er, não nessas palavras, ele se revoltou contra a escola muito tempo atrás) e eu não vou participar dessa palhaçada” e vai voltar a cuidar da loja ou a pichar o muro da loja; ou, na maioria dos casos, vai entender (inconscientemente, por favor) “está claro que você não está apto para sair do buraco por causa dos brancos ricos/educação pública péssima/falta de recursos, então aguenta aí enquanto os brancos ricos resolvem o problema” e vão continuar cedendo à autoridade. Sim, é paradoxal, mas onde há um paradoxo há um núcleo de significado.

É muito difícil para as pessoas aceitarem que motivação extrínseca é no máximo temporária. De que adianta botar o cara na universidade se ele vai sair de lá achando que é o estado que vai resolver todos os problemas dele? Aposto o que você quiser que esse mesmo cara vai se mudar pra Brasília pra estudar pra concurso, que aliás já vai ter cotas também.

Não se discute um alívio da carga tributária/burocrática para pequenos negócios, se discute cotas. Não se discute taxas de juros e subsídios para microempresas, se discute a escravidão – aliás, como se fosse um fato histórico e não um fato moderno: se você só tem dinheiro pra comprar comida e mora num barraco, como que sua vida é diferente da de um escravo?

A “controvérsia” sobre as cotas é fabricada (dificilmente de maneira consciente, calma lá) pra mascarar os problemas endêmicos*. É uma conversa que muda o foco da discussão do pobre negro pra você. O que vale é como você se vê e como os outros te veem, e nosso caráter é um mero zero à esquerda. “Não doei nenhum dos meus 13 casacos, mas pô, eu sou super a favor de cotas!”

Veja bem, isso não quer dizer que você seja uma pessoa imoral. Isso quer dizer que a sua opinião sobre as cotas deveria ser uma consequência natural da sua moralidade, não uma faceta da sua identidade a ser construída através de estudos “científicos” e citações populares. Se você realmente quer fazer uma diferença, não diga que é a favor de cotas e espere o governo resolver o problema – vá ser tutor de um menino pobre, vá fazer campanha na sua comunidade (ou faça algo para que o conceito de comunidade volte a significar alguma coisa), vá abrir a mente de outros, vá reformar a escola, vá e FAÇA!

A satisfação é proporcional ao esforço, então não espere uma sensação de dever cumprido quando ver o cara pegando dois ônibus xexelentos por três horas pra ir pra universidade descobrir que a professora viajou pruma palestra no Chile e ele não vai ter aula hoje.

V.

O professor e juiz William Douglas está aqui para nos dizer que ele é um cara super bacana porque agora ele é a favor das cotas pra negros e índios**. Ele começa seu discurso sobre como salvar o mundo pelo único começo lógico: ele mesmo, é claro:

“William Douglas, juiz federal (RJ), mestre em Direito (UGF), especialista em Políticas Públicas e Governo (EPPG/UFRJ), professor e escritor, caucasiano e de olhos azuis.”

Todo o primeiro parágrafo nada mais serve para estabelecer a sua própria identidade diante de sua plateia virtual. Aqui ele já estabelece credibilidade (ele é juiz, professor e escritor – mas você sabe o que ele julgou, professou ou escreveu?) além de estabelecer que é branco (implícito: “apesar de ser branco, não sou racista”***). “Ouçam-me porque esses pedaços de papel dizem que minha opinião é válida nos olhos da sociedade.” Mas tem mais:

“Quem procurar meus artigos”

Fica a dica ;)

“Embora juiz federal, não me valerei de argumentos jurídicos.”

Não esquece que eu sou juiz, então você não pode questionar essa opinião, tá?

“Não me valerei de argumentos técnicos nem jurídicos...”

Repito porque meus sentimentos que importam!

“Por isso, em texto simples, quero deixar clara minha posição como homem, cristão, cidadão, juiz, professor, "guru dos concursos" e qualquer outro adjetivo a que me proponha.”

Além de ser juiz e cristão (leia-se: pessoa de moralidade), sou um guru!

“Mesmo sendo, por ideologia, contra um pré-vestibular "para negros", aceitei convite para aulas como voluntário naquela ONG...”

Minha ideologia é válida porque eu faço caridade! (por ‘caridade’ entenda-se ‘ensinar aos pobres como entrar no sistema – regra número 1: não questione o sistema)

"Meu pai foi lavrador até seus 19 anos, minha mãe operária de "chão de fábrica", fui pobre quando menino, remediado quando adolescente.”

Eu fui pobre, eu sei do que tou falando! Sua opinião de rico não vale!

“Nada foi fácil, e não cheguei a juiz federal, a 350.000 livros vendidos e a fazer palestras para mais de 750.000 pessoas por um caminho curto, nem fácil.”

É bom o Deepak Chopra se ligar que a concorrência tá chegando! Viu como eu tenho razão, tantas pessoas me ouvem!

“Mas tive heróis que me abriram a picada nesse matagal onde passei. E conheço outros heróis, negros, que chegaram longe, como Benedito Gonçalves, Ministro do STJ, Angelina Siqueira, juíza federal. Conheço vários heróis, negros, do Supremo à portaria de meu prédio.”

Viu como eu não discrimino?

"Minha filha, loura e de olhos claros...”

O nome dela? Não importa, ela é minha filha!

E por aí vai. Aqui encontramos o que é pra ser uma discussão sobre os méritos do sistema de cotas, eu tudo que consigo ler é EUEUEUEUEUEUEUEU. Esse artigo não foi publicado para trazer algo à discussão empírica, ele foi publicado pro autor mostrar como ele é inteligente e humanista. O que interessa aqui são apenas imagens: a imagem dele de juiz, de branco (desculpa, “caucasiano”), de bom pai, de pensador, de conhecedor.

Esqueça lógica: você tem que ser contra cotas porque esse advogado branco passou um tempo dando palestra pra pobres, o que mostra como ele entende do assunto. Ele descreve que resolveu “passar um dia na cadeia” (metáfora de um cara que já morreu) para entender como é do ponto de vista dos pobres. Que ser humano! Veja como ele sofre com os pobres:

"Um dia de palestra para quatro mil pobres, brancos e negros, onde se vê a esperança tomar forma e precisar de ajuda. Convido todos que são contra as cotas a passar conosco, brancos e negros, uma tarde num cursinho pré-vestibular para quem não tem pão, passagem, escola, psicólogo, cursinho de inglês, ballet, nem coisa parecida, inclusive professores de todas as matérias no ensino médio.”

Perceba que independente do resultado, fica implicado que não é o pobre que vai se ajudar – ou ele precisa de psicólogo e curso de inglês, ou ele precisa de palestras e cursinhos. Isso tudo é apenas um meio de aliviar a culpa branca de classe média: “estou fazendo minha parte!” Ah, é você que vai resolver, ufa!

Tem muito mais o que falar, mas eu convido você a ler o artigo e ver por si mesmo –desconstrua-o e pergunte-se: o que o autor quer que seja verdade? No entanto, há um último pedaço que não posso deixar passar...

“Se alguém discorda das cotas, me perdoe, mas não devem faze-lo olhando os livros e teses, ou seus temores. Livros, teses, doutrinas e leis servem a qualquer coisa, até ao nazismo.”

E agora, quem vai falar pra ele que os nazistas também usaram cotas raciais?

VI.

“Mas afinal de contas, cotas é bom ou não?” Hah, não, valeu, não vou cair nessa. O problema não são as opiniões a favor ou contra, mas a motivação por trás dos debates. Não deixe os outros tomarem as rédeas do discurso. Em vez de postar uma citação, desenvolva sua própria ideia. Em vez de debater o mérito das cotas, debata o mérito do sistema. Pense não só em por que a pessoa tá divulgando aquele estudo, mas por que você adorou/odiou o artigo. Considere se é um discurso que vale a pena. Em vez de falar, FAÇA. A sua identidade não é determinada pelas ideologias com a qual você se alinha, mas pelas suas ações concretas.

O problema não é o racismo. O problema não é o sistema. O problema é você.





* é o mesmo que o prefeito que manda repavimentar as ruas da cidade (com asfalto barato) pra fingir que “está preparando a cidade pra copa”, enquanto o sistema de transporte público continua ultrapassado e malfeito – “ah, mas o prefeito Fulano tá fazendo alguma coisa, o anterior não fazia nada!”

** outro ponto que ninguém lembra: cota pra índio nada mais diz que “bah, esse estilo de vida dos índios não é legal, eles precisam da universidade dos brancos (“e em breve negros!”) pra serem alguém na vida.”

*** então por que se classificar como branco?

3 comentários:

  1. Infelizmente li esse artigo tarde demais, mas pelo menos algumas questões colocadas já havia pensado após um episódio bem constrangedor. Estava com um casal amigo e uma outra amiga quando o assunto entrou em pauta. Tenho uma política, desde do tempo da faculdade, de não entrar em debates ditos polêmicos em mesa de bar. Não é o lugar, as pessoas nunca respeitam o ponto de vista alheio e o final sempre dá merda (ops!). Estava aguentando tudo bem quietinha, qdo o namorado da aminha amiga disse algo mto absurdo e acabei cedendo ao debate. Até hoje fico pensando em como pude ser tão ingênua a ponto de ser arrastada numa armadilha discusista, rs. O rapaz já tinha suas convicções, nada do q eu falasse ali faria diferença, mas eu já tinha me abaixado no nível dele. Resultado: nunca mais recebi nenhum convite para beber umas cervejas com esse casal. Não q me faça falta, mas pensando depois foi que o mérito da discussão nunca esteve para esclarecer, mostrar pontos de vistas, debater os problemas. Aquela discussão foi uma pura e patética luta de preservação de identidades, eu só caí na armadilha, pq o fulaninho machucou algum canto do meu ego... A nossa mente é uma coisa engraçada. Dps do episódio, ainda tenho a mesma política: evitar debates e deixar essas coisas reservadas ao grupo de estudos e olhe lá. Qto a cotas raciais sou a favor, mas com ressalvas. Vejo que ela veio um pouco tarde, se pensarmos que o diploma universitário tem o mesmo valor de um ginásio nos anos 70. Outra coisa é que ele deveria ser discutido horizontalmente com a melhoria da educação de base. Vivo todos os dias uma realidade um sistema de educação jogada as traças, então o que adianta ter cotas, se os alunos de hoje não tem perspectiva nenhuma qto ao seu futuro. Pq uma coisa é certa: é fácil entrar no vestibular, o difícil é se manter (tanto financeiramente, qto intelectualmente) e sair da faculdade. Concordo que o tema das cotas raciais virou mais um embate de preservação de identidades, afastando dos reais problemas, até mesmo dentro das cotas...

    PS: Não achei quem é vc e nem seu contato.

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  2. A ideia é justamente manter o anonimato pra que seja levado em consideração o que está escrito em termos de lógica e argumentação, e não do meu caráter ou identidade.

    Em todo caso, obrigado pela sua contribuição, fico feliz de ouvir que há quem considere o debate nesses termos (=

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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